Há 2 anos, duas turmas de brasileiros foram ao Pas de Calais, no norte da França, para fazer um curso de pós-formação em Cadeias Musculares e Articulares GDS, com um dos mais célebres fisioterapeutas da atualidade, o professor Philippe Campignion.
O post Fisioterapeutas a bordo foi o primeiro que escrevi no modo “guia de turismo fisioterapêutico” (kkkk) e conta um pouco da história deste projeto delicioso.
É hora de partir novamente com um bando de fisioterapeutas e educadores físicos brasucas, desta vez para um curso sobre a Respiração. Faltam menos de 4 meses, a aventura começa dia 11 de novembro.
Lori Campignion com Dominique, dona do Chez Mimi, um dos albergues que vão receber nossa turma em novembro
Parceria com a Air France para desconto nas passagens; bilhetes de trem para Arras comprados, para todos no mesmo vagão; albergues exclusivos reservados em Camblain l’Abbé; carros alugados pra transportar a galera entre o Centre Philippe Campignion e o nosso querido restaurante La Rénardière (onde almoçaremos todos os dias)…. Preparativos finalizados! É só arrumar as malas! Respirem fundo e preparem-se para ares gelados!
Eu e o mestre Philippe Campignion, esperando vocês no reduto brasuca do Pas de Calais!
Encerrando oficialmente os trocadilhos com o tema do curso, organizei este post-índice para dar um pouco de inspiração àqueles que ainda não planejaram o pré e pós, e também para já dar um gostinho antes da partida. É só clicar no título para abrir o texto. E seja bem vindo a comentar e contribuir. Mesmo que você não vá estudar com a gente em Camblain, pode aproveitar as dicas. Afinal, não se vai a Paris somente pra trabalhar, né? 😉
No ano retrasado, escrevi este post sobre minha wish list, comentando que, até o meu aniversário de 2015, já teria realizado o primeiro sonho da lista. Terminei o texto dizendo que adoraria que este hábito se tornasse constante…. De fato, passei o último verão na Escócia e já contei um pouquinho aqui (neste post e também neste). Pois não é que este ano, bem no dia em que farei 44 primaveras, Daniel Barenboim vai reger a West Eastern Divan Orchestra (projeto que lhe rendeu uma indicação ao Nobel da Paz) “só pra mim”, em pleno Festival de Lucerna? Bem… Na verdade, só pra mim, pro Alexandre, pro Dudu, pra minha mãe, pro meu pai e para todos os outros afortunados que garantiram ingressos para um dos maiores eventos de música clássica do mundo. Como se não bastasse, vamos emendar no Festival de Salzburg, com uns passeios de carro na Suíça, Alemanha e Áustria pelo meio. Afinal, temos concerto toda noite, mas o dia é longo e as distâncias são curtas!
Para quem quer fugir da loucura do Rio nas Olimpíadas, é uma boa pedida. Para mim, foi perfeito, pois ambos os festivais acontecem sempre em agosto e, este ano, excepcionalmente, as férias escolares vão permitir esta escapada “fora de época”.
Alguns concertos já estão esgotados (eu mesma, apesar de madrugar no computador, não consegui lugares para o Gustavo Dudamel). Mas muita coisa boa ainda está disponível. Nosso programa inclui ainda a Ópera de Marionetes, super tradicional em Salzburg, em que assistiremos “A Noviça Rebelde”.
Claro que o Dudu só vai a alguns espetáculos. Embora seja fã de música, ele ainda é pequeno para esta maratona restrita aos viciados. Algumas noites, ele vai dar um passeio com o papai, enquanto mamãe, vovó e vovô estarão no teatro. Mas já fiz um super planejamento pra eles, que inclui, por exemplo, aluguel de bicicleta para circular em volta do Lago Lucerna, ou visitar o incrível Museu de História Natural de Salzburg. Ainda tenho muito pra contar, vamos aos poucos…
Se você se animou, pode checar o programa e comprar os ingressos nestes sites:
O roteiro inclui muitas outras delícias culturais, aventureiras, esportivas e gastronômicas, que vou desfiando aos pouquinhos… Espero continuar realizando um sonho a cada aniversário, sempre com a família em volta. Da próxima vez, quero irmão, cunhada e sobrinhos no bonde!
E aí, se animou? Quem sabe te encontro por lá? Como diriam os suíços… Bis dann!
No último post, listei nossas aventuras escocesas dia a dia. Se você colocou as terras do Coração Valente no topo da sua wish list, acredito que vai aproveitar bastante minhas dicas de hospedagem.
Em primeiro lugar, talvez seja importante explicar um pouco o jeito de viajar da minha família… Pois cada uma tem suas preferências e seu orçamento, não é? Eu diria que faço o estilo moderado. Hostel e motorhome definitivamente não são o meu número. Tampouco faço questão de luxo ou grande sofisticação. Fico bem num 2 estrelas que seja super limpo e bem situado, adoro um bed and breakfast bem charmoso e aconchegante, faço questão de um bom banho quente e um certo conforto, mas, entre conforto e localização, opto pela segunda. Acima de tudo, limpeza é fundamental!
Viajamos na alta temporada (julho), mas não há muitas opções em relação à Escócia: as condições climáticas só são favoráveis no verão. A hospedagem é cara, ainda mais em tempos de real desvalorizado. O café da manhã estava sempre incluído. Coloquei os links para todos os locais listados, para que se possa verificar disponibilidade e preços atualizados. Oban foi a diária mais barata, Fort William a mais cara. Edimburgo, porém, é proporcionalmente mais cara, tendo em vista a qualidade do hotel (atendeu muitíssimo bem às nossas necessidades, mas era mais caro que o castelo de Broomhall e apenas 5 libras mais barato que o espetacular hotel de Fort William. O campeão do custo-benefício, entretanto, foi Oban: bed and breakfast sensacional, pela diária mais barata (ok, menos cara) da viagem.
Segue então a lista completa!
Holiday Inn Express Royal Mile (Edimburgo) – Limpíssimo, muito bem localizado, café da manhã farto e variado, porém o quarto era um pouco apertado para 3 pessoas, mesmo que uma delas tivesse apenas 9 anos. Meus amigos Fernanda e Vinícius, que estavam com 2 crianças, ficaram ainda mais espremidos. O ponto forte, indiscutivelmente, foi o atendimento. Os recepcionistas Amanda e Daniel estão no topo da lista de mais gentis e prestativos da história! Edimburgo é uma cidade realmente bem cara. Embora este hotel não seja exatamente barato, os valores praticados na cidade são ainda maiores.
Recebendo a visita dos amigos no quarto
Broomhall Castle (Stirling) – uma noite memorável, para nos sentirmos como a própria realeza! Broomhal foi destruído durante a II Guerra, mas foi totalmente restaurado e hoje funciona como um hotel, abrigando também casamentos e eventos corporativos. O lugar é lindo, o restaurante é fantástico, o ambiente é incrível. O café da manhã… Só de lembrar fico com água na boca!!! Dudu comentou com seus amigos Victor e Bê que estava tendo uma experiência única, de passar a noite num castelo de verdade (eu estava pertinho tomando chá e escutei toda a conversa… 🙂 ). Vamos lembrar disso para sempre! Entretanto… Em termos de hotelaria, ficou um pouco a desejar. Nosso quarto era lindo, porém a limpeza estava longe do esperado. O quarto da Fê e do Vini estava com a decoração meio “inacabada”, o que foi realmente uma pena, pois meio que comprometeu a atmosfera. Principalmente porque a Fê é arquiteta… Mesmo assim, valeu demais ter pertencido à nobreza por algumas horas!
Broomhall CastleOs meninos adoraram o brasão do castelo…O restaurante tinha menu infantilMas o dos adultos foi o ponto alto!A melhor sobremesa da viagem, um toffee pudding inesquecível!Brindando a uma noite memorável, em que celebramos nossos 15 anos de casamento!Papo de rapazesUma dose de whisky para fechar a noite!Nosso quarto era muito bonito, embora a limpeza tenha deixado a desejarVai ficar na lembrança do Dudu, do Victor e do Bê para sempre!De manhã, nos despedimos da querida família Ribeiro. Eles partiram para Londres e nós seguimos para as Highlands.
Elderslie Guest House(Oban) – Nota dez com louvor! Oban foi o ponto de partida para nosso passeio de barco pelas Ilhas Hébridas, então ficamos apenas uma noite neste bed and breakfast adorável. Conforto, limpeza e atendimento muito acima do esperado. Os proprietários são extremamente simpáticos. Como deveríamos sair antes das 7 da manhã para pegar o barco, o café da manhã completo escocês ainda não estaria pronto para servir. Então, eles deixaram um cooler na porta do nosso quarto, com 3 pacotes carinhosamente preparados, contendo um verdadeiro banquete matinal. Sem contar os chocolates na cama do Dudu e o chá com biscoitos deliciosos para nós. Perfeito!
Dudu ficou bem confortável em seu quarto anexo ao nosso! Tinha até um bichinho de pelúcia na cabeceira da cama…O bed and breakfast tinha cara de casa de campoFomos super mimados na Elderslie Guest House…E ainda tínhamos uma bela vista!
Glentower Lower Observatory (Fort William) – Nosso pouso nas Highlands ficou com o troféu de melhor hotel da viagem. Como sempre, antes de reservar, li comentários de clientes, pesquisei, comparei. Achei que valia à pena pagar um pouquinho mais caro para ficar neste, que de fato me pareceu ser muito bom. Nada disso me preparou, porém, para o que encontrei ao entrar no meu quarto. Superou largamente todas as minhas expectativas. Em todos os sentidos. O quarto é enorme, o banheiro maior ainda. Bonito, limpíssimo, super confortável. Às margens do Lago Linnhe, tem uma linda vista. O atendimento é impecável. O café da manhã é incrível. Suuuuuuuper recomendo, nota 10!
O fantástico Glentower Lower ObservatoryDe frente para o Lago LinnheO quarto conta com uma cama de casal e duas de solteiro, com um enorme espaço de circulação.Espaçoso, agradável, aconchegante, perfeito!O banheiro imenso!Melhor impossível…
Bem, se o seu próximo destino é a Escócia, espero que estas dicas sejam úteis. Só de escrever sobre estes lugares, já me dá vontade de voltar lá… Todos estes locais receberam muito bem as crianças e eu me hospedaria de novo em cada um deles. Ah! E a propósito… No interior da Escócia se come salmão defumado no café da manhã diariamente, entre outras delícias… Fiquei muito mal acostumada!
No próximo post, conto mais sobre este país maravilhoso. Até breve!
Nas últimas férias, realizei um sonho antigo… A Escócia! Não dá pra descrever completamente a emoção e o deslumbramento de visitar lugares que povoaram, desde a infância, minha imaginação. Eu pesquisei tanto tanto tanto o roteiro que, no final das contas, foi tudo super “redondo”, eu realmente não mudaria nem uma vírgula. A partir de hoje, vou começar a compartilhá-lo com você.
A gentileza do povo escocês realmente faz a gente se sentir em casa
Minha viagem durou, na verdade, um total de 28 dias. Fui direto para o norte da França, a trabalho. De lá, partimos para 8 dias fantásticos em Paris (a primeira vez do Dudu!), seguidos dos 8 dias escoceses. Retornamos, então, ao norte da França, para mais um pouco de trabalho, antes de voltar ao Brasil. Durante a maior parte do período de férias, contamos com a companhia dos nossos amigos Fernanda, Vinícius, Victor e Bernardo, que ajudaram a tornar cada momento ainda mais especial.
O trio mais animado da Grã-Bretanha!
Como este blog já tem muitas dicas de Paris, resolvi começar a narrativa pelas aventuras do outro lado do Canal da Mancha. Nesta primeira postagem, vou apenas listar nosso roteiro, dia a dia. Depois, aos poucos, vou detalhando cada um destes dias e passeios, com links a partir deste “post índice”. Combinado?
Das muralhas do Castelo de Edimburgo, a vista do Mar do Norte
24 de julho: Chegada em Edimburgo em vôo da Easy Jet, direto do Aeroporto de Paris – Charles de Gaulle. Vôo rápido, low cost, na medida. O aeroporto de Edimburgo é muito bem sinalizado, alugamos carro lá mesmo e foi ótimo. Chegamos no fim do dia, mas deu tempo de sair para jantar. Visitamos o famoso pub The Elephant, onde J.K. Rowling se sentava para escrever os livros de Harry Potter. Hospedagem no Holiday Inn Express Royal Mile.
No pub The Elephant, as referências à sua cliente mais ilustre
25 e 26 de julho: Edimburgo. Quase não dá pra acreditar que aquela cidade existe. Parece um cenário! A paisagem dominada pelo imenso castelo no alto da colina, becos e ruelas que remetem a filmes de espionagem, um banho de história a cada passo. Para o nosso tipo de programação, dois dias inteiros foram suficientes.
De dentro do castelo, só um gostinho das atrações de Edimburgo… Depois conto tudo em detalhes!
27 de julho: Hogwarts! Descemos de carro em direção à Nortúmbria, a região norte da Inglaterra. Uma viagem de 2 horas nos levou ao Alnwick Castle, onde as cenas externas da célebre escola de magia e bruxaria foram filmadas. Foi um dos pontos altos da viagem e vai merecer um post inteirinho, exclusivo! Na volta, passamos pelo fascinante castelo de Bamburgh, à beira do Mar do Norte, que foi uma importante frente de defesa contra as invasões vickings.
Alnwick Castle
Passamos direto por Edimburgo em direção à Escócia central, para dormir no Broomhall Castle, castelo restaurado transformado em hotel. Por uma noite, nos sentimos parte da nobreza. E quer saber? Diária mais barata que a do Holiday Inn de Edimburgo… Com o melhor café da manhã da viagem!
Broomhall Castle, nosso lar por uma noite
28 de julho: Rápido passeio em Stirling, seguido de uma deliciosa visita ao Doune Castle. O charme deste castelo em ruínas é ter sido o cenário do lendário filme Monty Phyton Em Busca do Cálice Sagrado. Toda a estrutura de visitação do castelo gira em torno disso. Esta foi a razão que me fez inclui-lo em meu roteiro, pois eu sou louca por este filme (e o Dudu também). Mais recentemente, ele vem atraindo também outros fãs, pois trata-se da locação do Castelo de Winterfell, de Game of Thrones. Winter is coming… De lá, atravessamos a região das Trossachs, com seus lagos cênicos e paisagens de tirar o fôlego, até chegarmos a Oban, na costa Oeste. É isso mesmo: você atravessa o país costa a costa, num ritmo suave (afinal, não é fácil dirigir “do lado errado”), em apenas 3 horas!
Brincando de Monty Phyton no Doune Castle
29 de julho: Passeio de barco pelas Ilhas Hébridas. Este também merecerá um post exclusivo. Foram 12 horas explorando ilhas inabitadas, observando a vida marinha, enchendo os olhos com a exuberância da natureza. Outro ponto alto da jornada! No final, pé na estrada para dormir 3 noites em Fort William.
Isle of IonaFingall’s Cave, na Isle of Staffa
30 de julho: Hogwarts Express. O memorável passeio no trem a vapor The Jacobite, que foi utilizado nos filmes de Harry Potter. Ou seja, todo aquele trajeto, com paisagens impressionantes, inclusive o Glenfinnan Viaduct, onde o carro mágico de Ron Weasley sobrevoa o Expresso Hogwarts.
O “verdadeiro” Hogwarts ExpressA entrada da nossa cabine dentro do trem, igualzinho ao filme!
31 de julho: Loch Ness. O monstro não deu as caras, mas o lago é belíssimo, tanto visto de Fort Augustus, em sua extremidade sul, quanto da bela Inverness, em sua extremidade norte.
Nossa versão do monstro do Lago Ness
1 de agosto: Loch Lomond. Deixamos Fort William rumo a Edimburgo, parando no Loch Lomond Shores, um complexo de lazer, compras e gastronomia às margens do segundo lago mais famoso da Escócia. Chegamos em Edimburgo a tempo de curtir o último entardecer nesta cidade tão marcante.
Foi duro dizer adeus às Highlands! Tão lindas!!!!
2 de agosto: Aeroporto rumo à França.
Percebeu que terei muito assunto para os próximos posts, né? Continue acompanhando…
Bem vindos à Gare du Nord, uma das principais Estações de Trem de Paris
Escrevo este post – bem “didático”, aliás – pensando na turma de fisioterapeutas brasileiros que vão fazer curso no Centre Philippe Campignion em julho. Entretanto, acredito que ele pode ser bastante útil para quaisquer outros viajantes que pretendam desbravar as estradas de ferro francesas.
Quem desembarca no Aeroporto Charles de Gaulle (ou mesmo em Orly) pode se sentir um pouco perdido frente às placas de sinalização. A primeira informação importante a reter é que existem basicamente dois tipos de estações (gares) de trens em Paris. As Gares SNCF são aquelas onde encontramos os trens de Grandes Linhas, isto é, que circulam entre diferentes cidades e países. Já os trens metropolitanos, os RER, partem de estações reguladas pela RATP, fazendo parte da mesma rede que inclui o metrô.
Ou seja: se você pretende sair do avião diretamente para o trem que te levará para cidades como Arras, Lyon, Brugges ou Amsterdan, partindo da estação de trem do próprio aeroporto, deve seguir as placas para a Gare SNCF. Se você vai ficar em Paris ou vai pegar um trem Grandes Linhas a partir de uma estação de trem no centro de Paris (como a Gare du Nord, a Gare de Lyon ou a Gare Montparnasse), deve seguir as placas “Paris by train” (RER). A única opção é o RER B (linha azul), que vai direto até a Gare du Nord. Caso prefira uma certa mordomia, o ponto de táxi também é muito bem sinalizado.
Placa de sinalização no corredor do Aeroporto Charles de Gaulle
No caso da nossa turma animada, todo mundo vai pegar o trem na Gare du Nord rumo a Arras. Então, vou usar este percurso como exemplo, que vale para qualquer outro.
Quem tiver tempo de dar umas voltas em Paris antes de embarcar para o Norte, tem a opção de deixar as bagagens na estação. A Gare du Nord oferece este serviço. Basta seguir a placa “Consignes”.
Para deixar as bagagens na estação e dar umas voltas em Paris antes de embarcar, siga para “Consignes”
Assim que você descer a escada rolante, verá a grande placa amarela indicando o local. Os valores vão de 5,50 a 9,50 euros por mala, dependendo do tamanho, e valem por 24 horas. Após esse período, são mais 5 euros por dia. O serviço de depósito de bagagens também está disponível nos aeroportos e demais estações ferroviárias.
Depósito de bagagens na Gare du Nord
Chegado o momento de seguir viagem? Caso você tenha comprado seu bilhete pela internet e impresso o e-billet, é só embarcar. Não precisa apresentar o ticket na entrada do trem, mas deve tê-lo à mão caso o controlador o solicite durante o trajeto, o que acontece com grande frequência. Se você não o tiver, estará sujeito a uma bela multa.
Se você comprou a passagem na própria estação, terá de validá-la em uma das maquininhas amarelas que ficam na ponta de cada plataforma.
Ao chegar à Estação, você verá o painel das chegadas (arrivées) e partidas (départs). Você deve buscar seu horário de partida e o número do trem, e não sua cidade de destino, pois esta pode ser uma parada no meio de um percurso mais longo e, no painel, só constará o destino final. No exemplo da fotografia abaixo, eu estava indo para Arras no TGV (trem-bala) número 7141, das 17:46. No painel, neste horário, constava Valenciennes, mas o número do trem era o mesmo (não aparece na foto, mas apareceu logo em seguida, alternando com o aviso de que estava no horário – à l’heure). Pronto, sem stress! É só aguardar o número da plataforma (voie), que só aparece entre 10 e 20 minutos antes do horário. Observe que, no painel da figura, somente os três primeiros trens já têm plataforma definida, são os números nos quadradinhos à direita. Por isso é bom ficar ligado, pois você em geral não terá muito tempo para se dirigir à plataforma e embarcar.
Chegadas e Partidas na Gare du Nord
Quando seu quadradinho aparecer, é só rumar para a plataforma correta e aguardar o embarque, estando atento ao número do vagão (voiture) impresso no seu bilhete.
TGV para Arras, prontos para o embarque!
Ao chegar na Gare d’Arras, você também terá pouco tempo para saltar do trem, então é bom se dirigir à saída (junto à qual estão os porta-bagagens) com uns minutinhos de antecedência: é só conferir no seu bilhete o horário de chegada e ter em mente de que eles são extremamente pontuais.
Você vai descer na plataforma e terá de cruzar para o outro lado, para chegar à saída. Se você não curte a ideia de subir e descer escadas carregando sua mala, pode pegar o elevador. Coloquei uma foto dele aqui, pra facilitar.
Elevador na plataforma da Gare d’Arras
Você desce pro nível inferior e sai num corredor comprido, com outros elevadores.
Passando por baixo da estrada de ferro
Para não se enganar, siga a placa para a saída (Sortie) da Pl. Marechal Foch.
Escolhendo a saída correta
Você vai saltar do elevador diretamente no saguão da Gare d’Arras, onde está o ponto de encontro do nosso grupo: o café Pomme de Pain (aliás, o único da pequena estação…). Você já notou que, na fotografia, aparece o painel igualzinho ao da Gare du Nord, o procedimento na volta será o mesmo…
Saguão da Gare d’Arras: ponto de encontro dos fisioterapeutas brazucas!
Agora é fazer as malas, dar aquela última revisada na biomecânica e partir pra aventura. Estaremos esperando por vocês!
Quando falamos em Museu de História Natural, vêm logo à cabeça os super hiper badalados “exemplares” de Nova York e Londres. Mas o Museu de História Natural de Paris também pode ser uma opção bem interessante. Especialmente para quem gosta de paleontologia e anatomia, isto é, como eles mesmos dizem, para “os amantes de ossos de todos os tipos”. Como este é definitivamente o meu caso, pretendo visitá-lo pela primeira vez este ano, pois já ouvi os melhores comentários possíveis.
Galerias de Anatomia Comparada e Paleontologia Fonte: site do MNHN
O MNHN fica dentro do Jardim Botânico, o Jardin des Plantes, um parque lindíssimo e excelente para levar as crianças (eu já estive no jardim, mas o museu estava fechado na ocasião).
Nem todo mundo gosta de viajar com tudo planejado. É verdade que, muitas vezes, é super gostoso ficar apenas “flanando”, fazendo aquilo que der vontade, na hora que quiser.
Mesmo assim, é aconselhável ter algumas referências básicas, para não perder tempo nem a oportunidade de visitar aquele local específico, que estava no topo da sua lista de desejos.
Paris é uma cidade que convida a perambular pelas ruas, sem hora marcada. Mas é fundamental ter em mente que muitas das atrações mais concorridas fecham em algum dia da semana, em geral segunda ou terça. Já pensou? Você deixa o Museu do Louvre para o último dia, para guardar na lembrança a imagem da Mona Lisa como sua experiência de despedida, na cidade dos seus sonhos. Só que é uma terça-feira, então você dá com a cara na porta e tem que voltar pro Brasil sem ter prestado sua homenagem à misteriosa beldade…
Por fora, um espetáculo. Mas o Louvre também merece ser visto por dentro…
É claro que a quantidade de museus, galerias e monumentos de Paris é inesgotável, e por isso é tão importante seguir minha dica master e comprar o Pariscope. Até mesmo porque, independente dos horários normais, algumas vezes ocorrem fechamentos inesperados para obras de reforma ou restauração. Mas eu aproveito e adianto aqui o dia da semana em que fecham os “tops”, aqueles que não podem faltar em um roteiro cultural parisiense que se preze.
Fecham na segunda-feira:
Chateau de Versailles
Musée d’Orsay
Musée Rodin (no momento, está apenas parcialmente aberto, mas os jardins estão funcionando normalmente)
Musée Picasso
A beleza impactante do Musée d’Orsay
Fecham na terça-feira:
Musée du Louvre
Musée de l’Orangerie
Centre Pompidou
O Hôtel des Invalides, com o túmulo de Napoleão, não fecha nenhum dia da semana, assim como o Panthéon. Também abrem diariamente as torres de Notre Dame, a Sainte Chapelle e a Torre Eiffel. Para visitar esta última, no entanto, sugiro comprar ingresso antecipado (aqui), com hora marcada, para evitar as filas gigantescas.
De diversos pontos de Paris se pode vislumbrar a imponência dourada do Dôme des Invalides
O Pêndulo de Foucault e os túmulos de “gigantes” como Rousseau e Voltaire podem ser visitados todos os dias da semana
Resumo da ópera: a boa é passear à vontade, porém com um mínimo de planejamento. Assim, a gente não fica “engessado” por um roteiro excessivamente pré-estabelecido, mas também não perde tempo indo parar em museu fechado.
Algumas foram incontornáveis para mim há alguns anos, quando Dudu era bebê. Outras, são eternas. Algumas são meio caras, mas valem para aquela roupinha do batizado ou do casamento da titia. Outras, garantem o guarda-roupa básico a preços interessantes. Casuais ou chiques, são sempre lindas. Boas dicas para pais e avós que estejam pela capital mundial da moda.
No post 5 lojas de brinquedos em Paris, eu comentei sobre a Rue Vavin, pertinho do Jardin de Luxembourg, que é o paraíso das mães saudosas e avós exageradas. Quase todo o comércio da rua é de artigos infantis. A maioria das lojas citadas aqui têm uma filial neste endereço que eu adoro…
Desde que o Dudu tem uns 6 ou 7 anos, ela se tornou minha favorita. Roupas super “descoladas” para os meninos, diferentes do habitual. Mas, na verdade, tudo ali é fofo, seja para bebês, crianças e até adolescentes, de ambos os gêneros!
Há várias filiais, mas eu costumo comprar pertinho do meu hotel, no Boulevard Saint Germain 168.
É um ícone francês. O algodão que eles utilizam nos bodies, camisetinhas, pijamas e “underwear” é inigualável. Não é barata, mas vale à pena. Muitas vezes, fazem promoções super convidativas. Quando Dudu estava em fase de desfralde (na transição de bebê para menino grande 🙂 ) eu só comprava cuequinhas Petit Bateau. A linha gestante deles também é excelente, atualmente tem bastante coisa até para adulto. Para os maiorezinhos, eu já fui apaixonada pelas roupinhas “sociais”, mas hoje em dia acho que deu uma caída… Não tenha dúvidas, porém, quanto à linha básica de itens de malha: você não vai encontrar melhores!
Você vai tropeçar nesta loja em todos os bairros, inclusive na Avenue des Champs Elysées. Para seguir o roteiro Rive Gauche (a margem esquerda do Rio Sena, onde eu mais gosto de me hospedar e passear), vou te dar um endereço em Saint Germain: 53 bis Rue de Sèvre.
Ok, nenhuma novidade, você já está cansada (o) de saber que a Gap é um dos melhores lugares do mundo pra fazer um enxoval de criança. Mas eu não poderia deixar de citá-la, para te lembrar de que ela também está presente em Paris e que, mesmo em euros, os preços valem muito à pena. Tem uma no Marché Saint-Germain, bem em frente ao Hotel Clément, onde sempre me hospedo. O endereço do shopping é Rue Lobineau 14, mas tem entrada pelas quatro ruas que formam a quadra, inclusive pela Rue Clément.
Roupas super clássicas e elegantes, para aquele evento especial. Dudu teve umas blusas de malha lindas, de manga longa e gola tartaruga, que o deixavam chiquérrimo! Rsrsrs As calças sociais são uma graça, de ótima qualidade. Você tem noção do que são os vestidinhos?!
A que eu costumava frequentar fica na Rue Vavin 26.
Aqui eu faço um pequeno desvio para uma recomendação de sapatos. Apesar de que a Geox tem uma linha bem bacana de roupas… Mas os sapatos são incríveis! A sandália de borracha é tão linda e confortável que, a cada ano, eu compro igual, um número acima. Eles tem uma tal tecnologia Geox Respira, em que a umidade não passa para dentro, somente para fora. E como ninguém é de ferro e mãe também é gente, aproveite para olhar a sessão feminina. Vai ser difícil resistir às sapatilhas e mocassins. O mesmo vale para a sessão masculina. Não é uma loja barata, mas a qualidade compensa cada euro investido, na minha modesta opinião…
Tem uma ali pertinho do hotel também , no Boulevard Saint Germain 144.
A boa notícia é que roupa de criança ocupa pouco espaço na mala. 😉 Agora é só ir às compras!
Em minha última passagem pela capital mundial da gastronomia, tive a sorte de conhecer este pequeno bistrô, pertinho da Opera Garnier. Estava por lá a trabalho, com três amigas, e saímos para jantar com a professora Gisèle Harboux e seu marido Christien, parisienses apaixonados pela boa cozinha.
A parisiense Gisêle Harboux, além de compartilhar conosco seu conhecimento sobre cadeias musculares, nos fez descobrir algumas delícias gastronômicas da sua cidade!
O chef Alexandre Bourdas pratica sua arte na Bretanha, há bastante tempo, no restaurante SaQuaNa: célebre, concorrido e estrelado no guia Michelin. Recentemente, abriu esta versão mais despojada e mais acessível, no centro de Paris, aparentemente sem perder a qualidade.
A Pascade é uma receita típica da Páscoa na região dos Pirineus, e se trata de uma espécie de massa de pão, crocante por fora e macia por dentro, que serve como “ninho” para todas as criações culinárias da casa, de massas a peixes, de saladas a sobremesas. Segundo a descrição do site: “crépe suflê da região do Aveyron, ligeiramente caramelizado, guarnecido de composições extraídas de nossa inspiração gourmet”. Diferente e delicioso! O fato de que todos os pratos sejam servidos dentro da pascade provoca, ainda, um efeito estético bastante interessante.
Eu escolhi uma salada com salmão, queijo de cabra e mil outros detalhes. Fui a única do grupo a não optar pelo menu completo.
Pode-se escolher o menu a preço fixo (32 euros), com entrada, prato principal , salada e sobremesa, ou então opções à la carte. As sobremesas são um sonho! Há bons vinhos para todos os bolsos. Vale dizer que, apesar de estar na moda, ter uma qualidade excepcional e estar muito bem localizado, o restaurante não vai exigir que você penhore as jóias da família para pagar a conta: não é super barato, mas é perfeitamente viável. É aconselhável, entretanto, fazer reserva (neste link).
As indescritíveis “mini pascades sucrées” ou “pequenas pascades doces”.
O Pascade fica na Rue Daunou 14, 75002. Abre das 12 às 23h, de terça a sábado. Atenção: o restaurante fecha por 2 semanas em agosto, para férias (tipicamente francês…). É bom consultar o site para confirmar as datas!
A poucos passos do Palais Garnier, é uma excelente opção para depois do espetáculo. Não deixa de ser uma maneira de perpetuar a experiência artística, mesmo depois de fecharem-se as cortinas…
Terminados os aplausos para o Ballet da Opera de Paris, começaram os suspiros pela arte de Alexandre Bourdas!
A família Diab é figurinha fácil aqui no blog. Vira e mexe, eles aparecem, pois já vivemos belas aventuras juntos. No último verão, eles fizeram uma viagem fantástica à Europa e resolveram compartilhar com a gente a experiência. Minha amiga Anna me enviou um relato bem pessoal dos dias passados com Sérgio e as meninas na linda capital holandesa. Juliana estava com quase 8 anos, Mariana com quase 6. As duas aproveitaram demais e voltaram apaixonadas por esta cidade fascinante. Com a palavra, Anna Elisa Diab!
“Vamos falar sobre crianças em Amsterdã?
É uma cidade incrível!
Ficamos hospedados no hotel The America, localizado em frente ao Wondelpark – o Central Park de Amsterdã. Já vai a primeira dica: tem que rolar um piquenique lá! Claro que estivemos lá em julho e por isso foi possível fazer piqueniques 🙂 . O parque é uma delícia e o holandês realmente sai de casa nos dias de sol. Tem que aproveitar, né?
Voltando um pouquinho, o hotel é sensacional! Super localização, que compensa o preço um pouco mais caro. E é lindo!
A praça dos museus – Musemplein – fica ao lado do Wondelpark. Lá estão localizados os principais museus de Amsterdã: Van Gogh, o de arte moderna Stedelijk e o Rijks, onde estão obras clássicas de Rembrandt. É também nesta praça que tiramos a clássica foto I ❤ AMSTERDAN!
A Juju adorou ficar em cima do A
Bem, a primeira visita foi ao Museu Van Gogh. Incriiiiivel! As meninas ficaram fascinadas com as obras e a loja do museu. Sempre saíamos com sacolinhas rsrsrs… Na saída, vale um passeio ou piquenique na praça. Se for no verão, vale até esticar uma canga para descansar ao sol… O holandês adora isso!
Eu concordo com a Juju: Quarto em Arles também é meu Van Gogh favorito!
O Stedelijk é de arte moderna e é igualmente incrível. Tem um ateliê para crianças, e o trabalho delas fica lá exposto. Não fomos ao Rijks e por isso teremos que voltar a Amsterdã 🙂 . Compramos todos os ingressos pelo site dos museus. Há filas na bilheteria, então é melhor comprar daqui.
Nos finais de semana do verão, tem uma feirinha na Musemplein. Acho que sempre vale visitar uma feirinha….
As meninas amaram o StedelijkA produção artística das meninas ficou exposta lá no ateliêJuju e Mari se esbaldaram na Musemplein
Nao pode faltar a visita à casa de Anne Frank. Impressionante! As meninas nem piscavam e ficaram grudadas em mim. Dá pra sentir realmente a carga de sofrimento da família que passou dois anos escondida da polícia nazista. O esconderijo é autêntico e bem preservado. Entramos pela passagem original: a famosa estante (famosa para quem leu o livro!), localizada nos fundos do local de trabalho do pai. É possível ver parte do diário original, escrito por ela, e recortes de revistas nas paredes do seu quarto. Comentário da Juliana ao final: ” mamãe, aqui dentro dá um negócio na gente…”. E o do Sérgio: ” Preciso tomar uma cerveja” rsrsrs. Comprar também pelo site! Eu esqueci e enfrentamos uma hora e meia de fila! Mas valeu!
Amsterdã é uma cidade para conhecer a pé ou de bicicleta. Pode-se alugar bicicletas com cadeirinhas para crianças. Caminhando é possível encontrar cantinhos legais e surpreendentes: um restaurante argelino com mesas na calçada, uma pequena porta que dá acesso a uma grande galeria de arte ou uma loja de discos de vinil, que parece ter saído dos anos 70. Sem esquecer o trailer onde você come um arenque marinado maravilhoso, com uma cerveja! E o mercado de flores… Bom lugar para compras, mais barato que outras cidades européias.
Mercado de flores
Rua do comércio
Vale também o passeio de barco pelos canais. Mas tem que se assegurar de que o barco vai retornar para o ponto em que você embarcou: alguns fazem uma rota parcial. Pegamos um desses e paramos na estação de trem! Voltamos de taxi…
Não fomos no Red Light District por razões óbvias!”
Passeio pelos canais
Lindos canais de Amsterdã
Você ainda estava em dúvida se as crianças aproveitariam uma visita a Amsterdã? Pode fazer as malas! Anna querida, obrigada por dividir com a gente estas aventuras. Estamos todos esperando as próximas…