Bem, na verdade eu já estou de volta… Mas gostaria de compartilhar mais um pouquinho dos momentos bacanas desta semana que passei no Pas de Calais. A região da França que faz fronteira com a Bélgica tem como capital a linda cidade de Arras. Toda aquela área foi palco, por vários séculos, de disputas territoriais entre a “França” (mesmo antes de existir, de fato, o Estado francês) e Flandres, que hoje constitui, basicamente, a Bélgica. Por isso, a arquitetura de Arras é muito semelhante à que encontramos em Bruxelas ou Brugges, por exemplo, com as praças rodeadas por típicas construções em estilo flamengo.
Arquitetura flamenga e delícias culinárias em Arras
O centro da cidade é pequeno e pode ser percorrido facilmente a pé. Tanto a Grande Place como a Place des Héros são cheias de restaurantes, bares e lojinhas.
Grande PlaceNo fim da rua, a Catedral de ArrasGrande Place, com o Beffroi (o salão comunal da cidade)
O belo edifício do Beffroi (salão comunal de Arras) é o ponto de partida para uma curiosa visita aos subterrâneos. O Norte da França atrai muitos turistas interessados nos locais marcados pela Segunda Guerra Mundial, particularmente na Normandia. Arras faz parte deste circuito e tem uma considerável importância histórica neste sentido. Todas as caves (adegas) da cidade são interligadas no subsolo. Durante a guerra, uma famosa batalha terminou em derrota para a Alemanha, pois os aliados conseguiram passar todo um exército por baixo da terra, surpreendendo os inimigos. Para percorrer estes caminhos, é necessário fazer uma visita guiada.
Beffroi d’Arras
Desta vez, só tenho fotos noturnas. Estava em Camblain l’Abbé a trabalho e só fui ao centro de Arras para jantar. Aliás, o restaurante marroquino La Mamounia, ao lado da Grande Place, é uma completa perdição. Atendimento excelente, ambiente agradável e a comida… Nem tenho palavras! Eu escolhi o tajine de boulettes (uma espécie de almôndega de carne de vaca e cordeiro), com ameixas, damascos e amêndoas. O carro chefe da casa é o Cuscuz Royal.
Jantar delicioso no La Mamounia
Para chegar em Arras, é só pegar o TGV (trem de alta velocidade) na Gare du Nord (Paris) ou no próprio Aeroporto Charles de Gaulle. A viagem dura entre 45 e 50 minutos. E o povo do norte é conhecido como o mais acolhedor do país!
Hoje eu escrevo daqui de Camblain l’Abbé, na região do Pas de Calais, norte da França. Neste bucólico vilarejo vive o biomecanicista Philippe Campignion, diretor mundial da Formação em Cadeias Musculares e Articulares GDS, de quem tenho o privilégio de ser assistente. Enquanto trabalho no curso, aproveito para organizar os detalhes da “peregrinação” que os fisioterapeutas cadeístas brasileiros farão em 2015, para finalmente conhecerem o Centre Philippe Campignion. Toda essa produção é feita em parceria com Lori Campignion, esposa do Philippe, que responde por toda a administração do centro de formação. Bem pertinho da residência deles, onde fica a sala de cursos, está situado o albergue Le Refuge, também de propriedade do casal Campignion. Eles transformaram esta casa charmosa em um “gîte” (hospedagem rural), exclusivamente para abrigar os alunos.
Um dia lindo no “gîte” Le RefugeLori e eu estamos preparando tudo para a chegada dos brasileiros no ano que vem!
Desta vez, eu estava muito bem acompanhada por três amigas queridas e competentes: Sylvia Azevedo, Patrícia Gebara e Maíra Maneschy. Já testamos e aprovamos o restaurante onde todo o grupo vai almoçar nos dias de curso.
Brasileiras invadem o norte da França!Recém inaugurada, esta pequena taberna tem um ambiente super acolhedor, e a comida estava uma delíciaCom Philippe, curtindo um restaurante tipicamente francês
Nos intervalos do curso, é possível relaxar no jardim com uma xícara de chá. Demos a sorte de ter até um solzinho, todos os dias! Trabalhar assim é realmente um prazer!
Um jardim agradável e convidativo para o bate-papo dos intervalosEm frente ao jardim, a sala de curso
E então? Passagens compradas? Camblain l’Abbé está te esperando! Será uma experiência inesquecível…
O evento Encontro dos Viajantes é organizado mensalmente, desde 2010, pelo blogueiro Eder Rezende, do Quatro Cantos do Mundo. Em cada edição, um convidado diferente vem falar sobre um destino específico ou compartilhar sua experiência. A entrada é franca e todos os viajantes são bem vindos, amadores e profissionais, blogueiros e seguidores de blogs, enfim, todo mundo que curte viajar.
Na edição de 11 de outubro, às 17h, estarei no Hotel Ibis SP Expo, como palestrante deste já tradicional evento. Levarei também o Alexandre e o Dudu, meus companheiros de aventuras. Vou adorar contar meus segredos de como transformar a viagem com crianças em uma vivência mágica para pais e filhos. Na véspera do Dia da Criança, estas dicas podem vir bem a calhar!
Se você estiver pela cidade, vou adorar te encontrar por lá. Ouvi dizer que no final rola uma happy hour… 😉
Joana Carvalho vive em Paris há 5 anos. Natural de Barra do Piraí, interior do estado do Rio de Janeiro, vem preparando delícias em lugares como Le méridien, Traiteur Lenôtre e Restaurant Pré-Catelan. Já ministrou uma série de oficinas de cozinha para crianças no Jardin d’Acclimatation e exercitou seus talentos de chefe patissière em boulangeries como Le Coquelicot e La Pompadour. Há dois anos, fundou sua Cuisine Rouge, onde dá cursos de culinária e Food Design, além de organizar jantares gourmet personalizados, em seu próprio apartamento em Montmartre.
Então, seremos brindados hoje com as 5 recomendações gastronômicas preciosas desta talentosa chef. Com a palavra, Joana Carvalho!
Joana Carvalho, chef brasileira em Paris. Fonte: Cuisinez au naturelNo Jardin d’Acclimatation, as crianças aprendem os segredos da patisserie
1- Todas as tortas de fruta da Tarterie les Petits Mitrons, que fica em Montmartre, na Rue Lepic.
Elas são simples e despretensiosas, ácidas na medida certa e o melhor, caramelizadas por baixo. Ainda não consegui descobrir o segredo deles, mas me aguardem. Provar frutas que não existem no Brasil como mirabelles ou ruibarbo, uma boa experiência gastronômica.
2-Comida vietnamita no Tintin, 17, rue Louis Bonnet no 11eme, principalmente se você é fã dos sabores agri-doces e texturas leves e frituras crocantes da cozinha asiática.
3- Le Caillebotte, neobistrot, ou seja, a cozinha de bistrot tipicamente francesa em versões mais leves e modernas, decoração de cores claras e materiais simples. O chef Franck Baranger, depois do sucesso do seu bistrot mais tradicional, o Pantruche, que ganhou vários prêmios nos guias da cidade resolveu apostar nesse novo projeto igualmente bem-sucedido, apesar do pouco tempo. Preços bacanas e excelente carta de vinhos.
4- Qualquer restaurante judeu da Rue de Rosiers, no Marais, você vai comer os falafels mais crocantes e saladas fresquinhas em forma de sandwiches ou em pratos cheios de variedade para as papilas. Hummmm
5- E a minha feijoada. Se bater saudade do Brasil em Paris é só ligar que eu recebo em casa ou levo até você uma feijoada especial, com linguiças francesas e carne seca, farofa, couve refogadinha, mandioca frita, laranja. Com direito a caipirinhas e já descrita como “a alta costura da feijoada”, por uma fã que não é a minha mãe 🙂
Clique aqui para acessar a página do Cuisine Rouge, laboratório onde Joana serve jantares em casa, dá cursos e testa as receitas dos projetos mais variados, que falam da sua maior paixão: comida!!!
Que tal um almoço gourmet a dois, num típico apartamento parisiense?Em sua Cuisine Rouge, Joana organiza jantares personalizadosA receita destas Aiguilletes de frango em tempura de cerveja estão no site Cuisinez au naturel
Hoje estou embarcando para Paris. Espero experimentar alguma destas delícias! E você, ficou com água na boca?
É a coisa mais importante que eu poderia te falar. Tenha flexibilidade para tudo: horários, alimentação, sono, roteiro. Se não der pra manter a rotina dos orgânicos, ou mudar um pouco o horário de comer, tudo bem. Talvez também haja alguma alteração nos horários de sono. Ou não, caso o seu filho tope numa boa dormir no carrinho. Você não vai estar na “night” com uma criança pequena às 3 da madrugada, mas pode uma noite ficar até as 22h num restaurante, sem que isso impacte para sempre o desenvolvimento emocional do pequeno. Pode ser que você não consiga cumprir todo o roteiro que planejou, pois um dia seu filho ficou exausto e você voltou cedo pro hotel. Sem problemas, qualquer hora vocês voltam e fazem o que ficou faltando. Ou não, fazem outras coisas e visitam outros lugares. Viajar com os filhos é, em si, uma experiência maravilhosa para toda a família. Quando a gente flexibiliza, anula o stress e pode usufruir muito mais plenamente desta experiência.
2- Flexibilizando a flexibilidade 😉
Se o seu filho não dorme sem um copo de Ninho 3+, ou só bebe água de coco, ou come biscoito Maizena diariamente no lanche, não tenha dúvidas: leve na mala. A bagagem é sempre mais vazia na ida do que na volta, estes itens serão inteiramente consumidos ao longo da viagem e ficará mais fácil flexibilizar com o resto da alimentação se a criança tiver alguma referência dos seus hábitos caseiros. Eu viajo com carregamento de água de coco, na maior tranquilidade. Todo dia, saio do hotel com uma caixinha na bolsa e ele pode, a qualquer momento, ter um gostinho de casa. Na volta, o espaço é ocupado pelas compras!
Na Torre de Londres, pausa para uma Água de Coco
3- Remédio para enjôo
Se o seu filho precisa tomar remédio para enjôo (prescrito pelo pediatra, é claro), espere para dá-lo dentro do avião. Se a criança tomar o remédio na sala de embarque e, de repente, ocorrer um atraso, você corre o risco do efeito do medicamento “vencer” quando ainda é necessário, sem que você já possa ministrar outra dose. Isso aconteceu com o Dudu uma vez, e foi horrível. O Alexandre foi sozinho com ele me encontrar na Europa, deu o remédio dentro do aeroporto e, logo depois, foi anunciado o atraso. O vôo só saiu mais de duas horas depois. Resultado: o pobrezinho passou mal cinco vezes no avião. Para não ter problemas com a decolagem (que pode nausear a criança), dê o remédio assim que embarcar. A acomodação dos passageiros e liberação para decolar vai te dar tempo suficiente para a medicação fazer efeito e você ficar mais “garantida”.
4- Maletinha de brinquedos
É importante levar alguns brinquedos favoritos do seu filho para distrai-lo no avião, no hotel ou em situações de longas esperas. Mas esta seleção deve ser prática e racional. Você não quer sair do Brasil já com excesso de bagagem, né? A criança precisa entender que não dá pra carregar a Bat Caverna do Imaginex nem o Castelo de Diamantes da Barbie na bagagem de mão. Não esqueça, inclusive, de que você provavelmente comprará novos brinquedos ao longo da viagem. Eu costumo fazer assim: separo uma maletinha pequena e digo ao Dudu que temos de escolher brinquedos que caibam ali. Quantos ele quiser, contanto que caibam na maletinha. Sempre incluo um caderno e lápis de cor. Esta ideia apareceu no blog Tempo Junto, e funciona super bem. Existem muitas opções bacanas que não ocupam espaço, como dedoches, super trunfo, carrinhos e bonequinhos. Ainda por cima, você já ensina ao seu filho como ser razoável na hora de arrumar as malas…
Antes de viajar, faça um inventário das roupas e sapatos que seu filho já tem, para ter uma noção do que ele realmente precisa. Não esqueça de anotar os tamanhos, de acordo com o lugar para onde você está indo. Se você não viaja todo ano, é legal ter o planejamento de tamanhos que durem até a próxima vez. Assim, você pode criar uma lista básica, do tipo: 1 calça jeans tam 3 e tam 5; 3 pijamas de frio tam 3; calça de moletom tam 5; shorts tam 3 e tam 5; tênis tam 13,5 e tam 1Y. A partir daí, você fica “situado” e pode até se permitir mais liberdade para comprar o vestidinho apaixonante ou a camisa igual à do papai, sem correr o risco de deixar a criança com uma coleção de itens semelhantes e absolutamente sem meias ou bermudas.
6- Menos bolsas
Quanto mais bolsinhas e mochilinhas você carregar, maiores as chances de se enrolar e perder alguma coisa. De preferência, reúna tudo em uma só mochila, ou mesmo na bolsa de fraldas do bebê. Reserve um compartimento só pra você, com carteira, óculos, caneta, etc., mas concentre seus pertences e os da criança em um só volume. Se quiser realmente separar suas coisas mais importantes, use uma daquelas bolsinhas a tiracolo, que você não tira pra nada, pois vai deixar suas mãos livres. Os brinquedos que ele leva do hotel têm que caber na bolsa! Você não quer se ver às voltas com mil sacolas, mais um bicho enorme de pelúcia, enquanto seu filho pede colo! Alguma coisa acaba largada pra trás…
7- Preparação
O segredo para uma criança aproveitar ao máximo uma viagem é a preparação. Familiarizá-la com o destino, com os lugares que ela visitará, pintar um quadro na imaginação dela, contribuem significativamente para o entusiasmo que ela expressará ao se deparar concretamente com todas as novidades do passeio. Escrevi um post exclusivamente sobre isso, para ler clique aqui.
8- Carrinho
Indispensável, incontornável, imprescindível. Quanto mais simples e leve, melhor. A menos que você esteja partindo para uma viagem muito longa com um bebê muito pequeno, aí talvez você precise de um mais “potente”. Na grande maioria das vezes, o ideal é um daqueles do tipo guarda-chuva, bem básico, que você abre e fecha com uma só mão, e será seu companheiro fiel toda vez que seu filho ficar cansado, tiver que esperar na fila, na loja, no aeroporto. Não abro mão! Também escrevi um post só sobre este assunto, leia aqui.
Carrinho: item indispensável!
9- Chuteiras e camisas
Se você é mãe de menino, provavelmente sairá do Brasil com uma lista de pedidos de chuteiras e camisas de times de futebol. As mães de meninas não fazem ideia da quantidade infinita de opções. Os garotos sabem, inclusive, que determinada camisa do Paris Saint Germain é a da temporada passada, para jogar fora de casa, e te fazem solicitações ultra precisas, como o terceiro uniforme do Bayern do segundo semestre deste ano! O pai acha tudo isso muito natural, a mãe acaba se acostumando. A dica é a seguinte: antes de viajar, pesquise as “encomendas” nos sites nacionais da Nike e da Adidas, e também na Netshoes, e anote. Os produtos oficiais costumam ter o mesmo preço em qualquer parte do mundo. As chuteiras ocupam espaço na mala. Se, na volta, você descobrir que poderia ter comprado pelo mesmo valor, parcelado em reais, sem sair de casa, vai faltar parede pra bater com a cabeça… 🙂 Quanto às camisas, a diferença é que, na Europa, você vai encontrar uma variedade inexistente por aqui, especialmente em relação a times menos “badalados”, mas igualmente desejados pelos nossos pequenos fanáticos. Nos Estados Unidos, entretanto, quase não se encontram itens relacionados a futebol (soccer). Se estiver sem a criança na hora, cuidado para não trazer um tênis de futebol americano (football), como minha mãe fez certa vez, que não vai servir para nossa paixão nacional. Em Orlando, no Florida Mall, há uma loja chamada World of Soccer. Foi o único lugar onde encontrei alguma coisa. Mesmo assim, a chuteira específica do Neymar, que constava na cartinha do Papai Noel, ficou presa no trenó: não encontrei de jeito nenhum e tive que inventar uma história mirabolante, que eu conto pra você qualquer hora. Nas lojas da Nike e Adidas dos outlets, você vai garimpar uma coisa ou outra, de repente aquela básica para “bater” na escola, mas não espere comprar ali o objeto de desejo do seu filho. A menos que o lance dele seja basquete…
De uniforme do Milan, no Disney’s Hollywood Studios
E você? Tem uma dica super bacana pra compartilhar com a gente? Escreve aqui nos comentários!
Nova York é uma das cidades mais atraentes do mundo para quem gosta de arte. Ela abriga alguns dos museus mais importantes do globo. Mais uma vez, é tarefa impossível elencar somente 5 obras, mas vou fazer uma escolha afetiva – como sempre – e deixar o espaço dos comentários pra você me contar as suas preferências, assim vai ficar mais divertido! Uma coisa é certa: deixar Nova York sem ter feito uma visitinha a estas verdadeiras referências culturais seria uma perda lastimável…
Não vou me estender nos comentários sobre cada obra. Sou uma apreciadora, não uma profunda conhecedora. Pelas minhas escolhas, você vai ver que tenho uma certa preferência pelos artistas do final do século XIX e século XX. Mas acredito, acima de tudo, que um quadro se torna um favorito pelo poder que ele tem de me impactar, de me prender, de me tocar emocionalmente. Então, minha seleção não segue um critério definido. Quadros que eu amo e pronto. Sem explicação.
1 – Dança (Henri Matisse) – Museu de Arte Moderna (MoMA)
Todo mundo conhece esse quadro, é um dos mais famosos da história da pintura, mas vê-lo ao vivo, em tamanho natural, me trouxe borboletas ao estômago.
Matisse: Dance
2- Panel for Edwin R. Campbell, números 1 a 4 (Vasily Kandinsky) – Museu de Arte Moderna (MoMA)
Esta série de enormes painéis mostram a força da pintura de Kandinsky e me mantiveram hipnotizada por um longo tempo em frente a eles.
Kandinsky: Panel for Edwin R. Campbell n. 4
3- Noite estrelada (Vincent Van Gogh) – Museu de Arte Moderna (MoMA)
Minha visita ao MoMA foi a primeira vez em que vi um Van Vogh pessoalmente. As reproduções não traduzem nem de longe a textura e a vida que salta aos olhos no quadro original. Foi um momento único e inesquecível.
O Met possui um enorme acervo da obra de Degas, entre pinturas e esculturas, de impressionante sensibilidade. Meu amor pelo ballet faz com que o conjunto me toque particularmente.
Degas: The dancing class
5- The unicorn tapestries (arte medieval, sul da Holanda) – The Cloisters
As sete tapeçarias que compõe a série do Unicórnio estão expostas neste claustro medieval trazido pedra por pedra da Europa, e que faz parte do sistema do Metropolitan Museum. Sou fascinada pela Idade Média, e estas belíssimas tapeçarias constituem uma das mais expressivas referências da arte deste período.
The unicorn in captivity
E você? Quais as obras de arte que mais te emocionaram? Ainda vou escrever sobre minhas preferências em outras cidades, mas estou louca para conhecer as suas! Escreve aqui nos comentários, estou esperando…
Nesta série de posts, você conheceu os intrépidos Gustavo e Edith, que adoram viajar de carro pelos Estados Unidos. A viagem que eles compartilharam com a gente aqui no blog foi uma “roundtrip”, partindo de Las Vegas e seguindo para Salt Lake City, Parque Yellowstone, Cody, Gillete – Devil Tower – Rapid City (Monte Rushmore), Sidney (NE), Pueblo, Albuquerque, Flagstaff – Sedona e de volta a Las Vegas.
De todo este roteiro, o Gustavo selecionou os locais mais interessantes e contou pra nós, em ordem de aparição nos posts: Yellowstone (Parte 1), Cody e Devil’s Tower (Parte 2), Monte Rushmore (Parte 3) e, finalmente, Sedona, que será tema deste texto. Deixo a palavra com o Gustavo:
A cor avermelhada dos morros que caracterizam a região
“Na continuação da nossa viagem, que começou e acabou em Las Vegas, passamos pelos estados do Novo México e do Arizona. Utilizamos a rodovia I-40, que em um bom trecho a partir de Oklahoma substituiu a romântica e carismática Route 66.
Vimos grupos de motoqueiros passeando na antiga Rota 66 quando ela não era sobreposta pela I-40.
Em alguns trechos, o traçado da antiga rodovia foi aproveitado e a nova se sobrepõe à antiga, só que bem mais ampla.
Por cerca de 600 quilômetros estivemos em pleno convívio com o charme do passado e a modernidade do presente.
O mapa da antiga Rota 66
Ao transitar por aquela(s) estrada(s) compreende-se o que significavam aquelas vastas planícies áridas e açoitadas, não raro, por fortes ventos a levantar sua poeira. Tivemos a oportunidade de apreciar o fenômeno de uma “tempestade de poeira” de intensidade muito fraca, já na planície do Arizona. Quando elas são fortes constituem problema sério.
Hospedamo-nos em Flagstaff, em setembro, fora da temporada de esqui, portanto. A cidade é ainda hoje cortada pelo traçado original da Rota 66, há inúmeras placas a nos lembrar disso.
De Flagstaff a Sedona, ambas no Arizona, não se leva uma hora, é rápido e o trajeto é surpreendentemente belo.
Sedona é uma cidade envolta em misticismo, cheia de histórias fantásticas e misteriosas, verdadeiras ou não, e rodeada de morrotes e morros de cor avermelhada. A cidade não tem um Centro tal como conhecemos, ela é dispersa ao longo da própria estrada. Se o viajante não estiver atento e /ou não souber disso, passa direto, que foi o que nos aconteceu. Em um centro de Atendimento ao Turista fomos devidamente informados da particularidade da cidade, recebemos um mapa, e soubemos também que é a pergunta mais frequente :”Onde fica o Centro?” Não fica. Há muitas placas indicando o caminho para trilhas a pé, de graus diversos de dificuldade, que conduzem às partes altas dos morros que cercam a cidade.
SedonaEntrada para uma das trilhasArredores de SedonaSedona
Embora não estivesse na nossa programação entramos pela Coconino National Forest, um Parque de onde se tem acesso mais próximo às desafiadoras rochas vermelhas. Ali há uma pequena capela, incrustrada nas rochas, destoando completamente do meio-ambiente que a cerca, construída em cimento aparente e de gosto questionável. Mas serviu para as nossas preces de agradecimento por estar ali a passeio e desfrutando de boa saúde. É a Holy Cross Chapel.”
Holy Cross Chapel
De lá, o casal seguiu de volta a Las Vegas para o fim da aventura. É claro que o Gustavo já está planejando a próxima… Vamos esperar ele contar aqui no blog!
Os preparativos começam a esquentar para os 40 brasileiros que vão para o norte da França em julho e agosto de 2015. O primeiro grupo fará sua reciclagem com o grande biomecanicista Philippe Campignion de 13 a 16 de julho, o segundo de 3 a 6 de agosto. Ontem, eu comprei minhas passagens. Vou com Alexandre e Dudu, de Air France, dia 11 de julho às 19:05 e só volto dia 8 de agosto às 23:25. Quem quiser pegar os mesmos vôos, pra ir com a gente no mesmo avião e trem, seja bem vindo! Estaremos presentes em ambos os cursos, não só porque estamos organizando, mas também porque serei responsável pela tradução para o português. Entre estas duas atividades, me restarão 17 lindos dias de verão para merecidas férias, que depois eu conto como serão… Se você quer mais informações sobre o curso, clique aqui!
No primeiro post que publiquei sobre o assunto das passagens, mostrei uma pesquisa de preços de bilhetes aéreos, com os links para as companhias. É preciso saber que pode haver alguma variação ao longo do tempo. Além disso, o euro andou subindo. Hoje, por exemplo, a Lufthansa já não está tão barata quanto antes. Por outro lado, o preço da Tap está excelente, apesar do vôo de volta ser diurno. É altamente recomendável refazer a pesquisa na hora de comprar. Sempre lembrando que a única que faz vôo direto Rio-Paris-Rio é a Air France.
A escolha da companhia aérea é uma questão de prioridades. Você encontra preços mais baixos nos sites de passagens, porém vai ter que encarar longas esperas em conexões. Talvez você possa se permitir pagar R$ 200,00 a mais por um vôo direto num horário conveniente. Ou talvez esse valor realmente faça diferença no seu orçamento. Ou ainda pode ser que você não dê a mínima para baldeações ou vôos diurnos e prefira, de fato, pagar mais barato. A questão é justamente essa: quão mais caro estou disposta a pagar pelo conforto de um vôo direto?
Como no outro post eu fiz a pesquisa baseada nas datas da primeira turma, desta vez vou privilegiar o pessoal da segunda. Não sei se a maioria vai querer passear antes ou depois do curso, então busquei de 1 a 8 de agosto, somente uma semana. Lembre-se de que a data limite de volta para aproveitar o desconto do evento na Air France é 11 de agosto. Ou seja, se você quer ficar um tempão curtindo a Europa e aproveitar a tarifa reduzida, é melhor programar o lazer antes do dever! Atenção: mesmo tendo comprado o bilhete no site com a id do evento, é obrigatório apresentar o comprovante de inscrição no curso no balcão do check in.
Ontem, nosso bilhete da Air France com desconto para participantes do evento custou R$ 3.711,29 (11 de julho a 8 de agosto). A tarifa normal, para as mesmas datas, estava R$ 3893,82.
Vamos ver como fica a comparação com as demais em agosto?
Pois é, a Tap está com um belo preço! Mas no site eles avisam que são poucos lugares por este valor. Pessoalmente, prefiro o vôo direto, ainda mais porque vou com criança. Aliás, um detalhe para quem está levando os filhos: a tarifa reduzida da Air France para o evento não faz o preço diferenciado para crianças. Isto significa que talvez não valha a pena… No meu caso, fizemos assim: o Alexandre comprou com o desconto, eu e Dudu fomos pela tarifa normal. Se você tentar comprar os adultos com o desconto e só as crianças na tarifa normal vai sair uma loucura, pois incidirá a taxa de menor desacompanhado, que é alta. Eu chequei a opção de comprar a passagem do Dudu por telefone, fornecendo o código de reserva dos pais no mesmo vôo, para não constar como desacompanhado. Isso até é possível, só que, neste caso, você paga taxa de emissão do bilhete, o que não ocorre na compra pela internet. Resumo da ópera, se você optar pela Air France: compre um adulto e as crianças na tarifa normal e o outro com o desconto. É a melhor opção, se a sua prioridade for um vôo direto e noturno, na ida e na volta, e se você estiver disposto a pagar esta diferença.
A Gare d’Arras, onde o Expresso GDS vai chegar! 😉
Quanto às passagens de TGV (trem de alta velocidade) entre Paris e Arras, só é possível comprar com dois meses de antecedência. Quanto antes, maiores as chances de encontrar promoções. Você provavelmente pagará entre 17 e 25 euros cada “perna”. É possível pegar o TGV tanto no próprio aeroporto quanto na Gare du Nord, em Paris. Mais perto eu dou notícias precisas sobre horários de trem e o esquema para ir da Gare d’Arras (gare = estação de trens) até os alojamentos e o Centre de Formation Philippe Campignion.
A única dificuldade será manter a turma concentrada no curso depois do almoço, onde normalmente a refeição é regada a certas especialidades da Bélgica e do norte da França…
Os alunos europeus bebem cerveja no intervalo do curso e aguentam o tranco. E os brasileiros?
Minha pequena família é nascida e criada no Rio de Janeiro. Nesta semana dedicada a destinos brasileiros, achei que seria uma boa ideia compartilhar com você as preferências do Dudu aqui mesmo, na nossa cidade, tão propícia para o turismo. Perguntei a ele quais os 5 favoritos, e ele deu ótimas dicas! Tem carioca que diz: “eu moro onde os outros tiram férias”… Seguem, então, opções comprovadamente perfeitas para um fim de semana em família.
1- Praia
A opção mais óbvia! A pergunta mais frequentemente formulada pelo carioca é: será que vai dar praia? O blog Tempo Junto já até publicou um post muito legal com brincadeiras na areia, que teve participação do Dudu (ele é super amigo da Carol, filha da blogueira Patrícia Marinho). Se você for com crianças, existem dois “points” certeiros: O Ipabebêeo Baixo Bebê do Leblon. Eu prefiro, de longe o Ipabebê. Fica em frente à Rua Joaquim Nabuco, pertinho do Arpoador. Trata-se de uma associação organizada pela incrível Viviane Oliveira, em que os sócios contribuem para manter a limpeza, a segurança, o bom estado dos brinquedos e até mesmo festas e atividades diversas. O Ipabebê é aberto a todos, você não tem que ser sócio para frequentar! Tem estacionamento de carrinhos e o moço do quiosque coloca a água de coco fresquinha na mamadeira pra você…
No Posto 6, o destaque do cenário é o Forte de CopacabanaPrimeiros contatos com o mar de IpanemaFesta junina no IpabebêDudu fez amizades no Ipabebê que duram até hoje!Sossego em GrumariDudu e Carol na praia do LeblonEntendeu por que as pessoas aplaudem o por do Sol no Arpoador?
2- Jogar bola na Lagoa
A Lagoa Rodrigo de Freitas é um dos lugares mais lindos e bem aproveitados do Rio. Os quiosques ao redor oferecem inúmeras opções gastronômicas, há quadras de esportes, pista de skate, parquinhos infantis, uma enorme ciclovia e o cinema Lagoon, um dos melhores do Rio, que inclui ainda um complexo de restaurantes. Uma das coisas que o Dudu mais gosta de fazer no fim de semana é “aparecer” na quadra de futebol que fica na altura do Corte do Cantagalo, quase em frente ao Parque da Catacumba (também um programão, aliás!). Sempre há meninos jogando bola, é só chegar e participar. Dá pra ficar a manhã inteira nesta curtição. Depois, é tomar uma água de coco no quiosque Palaphita Kitch, para relaxar e apreciar a paisagem.
Os meninos se esbaldam no futebol da LagoaVêm meninos de todas as idades! E tem sempre um pai pra ajudar a dividir os times…Merecido descanso
Não tem jeito, é a paixão nacional. Desde pequeno, Dudu já acompanha o papai na torcida pelo Fogão! Os momentos de maior emoção foram nas três vezes em que ele entrou em campo como mascote. Se tiver a oportunidade de estar no Rio em dia de jogo, não deixe escapar!
Torcendo pro Fogão, com a camisa autografada pelo SeedorfTarde no Maraca
Dudu foi acostumado com música desde a barriga. Aos 3 anos pediu pra estudar violino. Hoje em dia, é meu grande parceiro de Municipal, lugar que faz parte da minha história desde meus 5 anos. Juntos, já presenciamos concertos de grandes nomes da música, viver isso ao lado dele é uma experiência mais do que especial! O teatro é belíssimo e, por si só, vale a visita. Faz parte do lindo conjunto arquitetônico da Cinelândia, com o Museu de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. Pérolas do Rio antigo….
A árvore de Natal do Theatro Municipal: enfeitado para o tradicional Quebra NozesO belo edifício histórico que é lar da música clássica no RioDepois do concerto, o troféu: autógrafo e foto com o grande ídolo Joshua Bell
É o perfeito complemento para o futebol na Lagoa! Além da área de leitura para as crianças, existe o delicioso restaurante Bazzar dentro da Travessa. Depois da água de coco no Palaphita, a gente vai passeando pela orla da Lagoa até a esquina da Rua Aníbal de Mendonça. Entramos em Ipanema por ali e chegamos à Rua Visconde de Pirajá, já do ladinho da livraria mais legal da cidade, para um almoço caprichado e uma leitura sossegada. Nosso programa favorito para manhãs de sábado ou domingo.
Dudu se sente em casa na Livraria da Travessa
E aí, o que você está esperando pra trazer seus filhotes para a Cidade Maravilhosa? O Dudu garante que eles vão se divertir!
Todos os anos, no mês de julho, acontece a Festa Literária Internacional de Paraty, a famosa FLIP. Os debates entre autores brasileiros e estrangeiros atraem uma multidão de gente de todos os cantos para esta pitoresca cidade histórica, que fica no extremo sul do estado do Rio de Janeiro. As pessoas fazem plantão no telefone no dia de abertura das vendas de ingressos, para conseguir um disputado assento na platéia e presenciar conversas entre as cabeças pensantes da atualidade.
A linda Paraty, em clima de Flip
Paralelamente a este mergulho intelectual adulto, acontece um outro banho de cultura, dedicado aos pequenos e aos que se interessam por eles: a chamada “Flipinha”. Existe toda uma programação voltada para crianças e educadores, que envolve palestras e debates entre autores infantis (ameeei a palestra com Ilan Brenman, um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira), shows de música, contação de histórias e toda uma ambientação criada para estimular o gosto pela leitura, além das diversas manifestações culturais que caracterizam o evento.
A praça enfeitadaDanças típicas brasileiras apresentadas no meio da rua
No pavilhão da Flipinha, há várias mesinhas com livros e material para desenhar e colorir, então os pais podem assistir às palestras enquanto os filhos se divertem.
O pavilhão da FlipinhaMamãe assistiu tranquila ao debate sobre literatura infantil, Dudu tinha diversão de sobra!
A praça vira um verdadeiro parque temático literário. As árvores ficam carregadas de livros, que podem ser “colhidos” e “saboreados” nas esteiras que ficam à sombra delas. Bonecos gigantes e cenários espalhados pela área representavam obras clássicas, como O mágico de Oz, O Alienista, Viagens de Gulliver e outras.
Em Paraty, livro dá em árvore!Contação de histórias à sombra das árvoresCaminhando com o Leão, na estrada de tijolos amarelosO homem de lata também queria ir para OzPobre Gulliver, o Dudu não conseguiu levantá-lo do chão!
O saci também veio dar uma alôDepois da apresentação dos bonecos mamulengos, as crianças podiam experimentar!
Estive na Flip em 2008. Na época, Dudu tinha 2 anos e meio. Nem tomei conhecimento da programação adulta, eu e Alexandre queríamos mesmo era curtir com ele. Foi uma experiência absolutamente fantástica! Ele aproveitou cada momento, cada atividade. Recomendo fortemente que você comece a se programar para a Festa do ano que vem…