Crianças adoram museus. Você pode acreditar nisso.
Museus são lugares cheios de cor, objetos inusitados, uma imensa variedade de experiências.
Só que uma criança pequena, talvez, não esteja tão interessada em saber os detalhes históricos minuciosos que cercam uma peça específica, nem que um quadro tenha sido pintado por determinado artista em tal período, ou possivelmente se cansará após uma caminhada excessivamente longa… Aliás, o carrinho é sempre um bom aliado!
Há muitas alternativas para incrementar a visita, tanto a galerias de arte menores quanto a grandes museus, como o Louvre ou o Metropolitan. Dudu passou 5 horas felizes no British Museum de Londres, sem se entediar. Seguem algumas de minhas dicas:
- Antes de viajar, apresente à criança as principais atrações do museu que será visitado. Para isso, há livros, revistas e o próprio site do museu. Vai ser muito legal mostrar ao seu filho determinada peça, ao vivo, e dizer: Lembra? A gente viu isso no site!
- Explique previamente as regras: não correr, não tocar em nada, respeitar os outros visitantes.
- Faça intervalos regulares para lanche ou almoço.
- Em uma pinacoteca, por exemplo, costumo perguntar ao Dudu: qual o seu quadro preferido nesta sala? Ele se entretém por um bom tempo, examinando cada obra, até dar seu veredicto. Não importa se ele “esnobou” o da Vinci ou o Rembrandt em prol de um pintor menos valorizado. O que vale é o fato de que ele observou diferentes quadros e percebeu que um deles lhe despertou mais a sensibilidade. Às vezes, inclusive, ele escolhe, sem saber, o mesmo artista em salas diferentes, o que já vai denotando um pouco suas preferências… Missão cumprida, né?

- Coloque uma máquina fotográfica nas mãos da criança e permita que ela registre suas próprias impressões. Você certamente se surpreenderá com o resultado. Dudu viu e fotografou coisas que nos tinham passado inteiramente despercebidas.


- Aproveite as atividades propostas pelo museu, especialmente para os pequenos. No British Museum, por exemplo, há um projeto chamado Hands On, em que monitores permitem que os visitantes peguem algumas peças nas mãos. O Centre Pompidou sempre tem atividades de artes para as crianças, geralmente baseadas nas exposições em cartaz.

- Na lojinha do museu, peça à criança para escolher alguns postais de sua preferência, e faça uma “caça ao tesouro”, em busca das peças que os ilustram. A partir de uns 6 ou 7 anos, é diversão garantida!
- Nas sessões destinadas a antigas civilizações, permita-se soltar a imaginação e inventar histórias. A visita se transformará numa incrível aventura, se seu filho imaginar o faraó passando por aquele portal, ou que ali vivia um samurai, ou que aquelas jóias pertenciam a uma princesa encantada… Creio, realmente, que podemos deixar a acurácia histórica para quando ele estiver um pouco mais velho, não é? O importante agora é criar o hábito dos programas culturais e, principalmente, despertar o interesse em conhecer a arte e o passado que nos trouxe até aqui.


O que eu mais gostaria é que todos os meus amigos que levam os filhos para viajar deixassem os shoppings de lado por alguns momentos (não estou dizendo que não serão feitas algumas compras, longe de mim) e os levasse para viver essa aventura mágica que você está propondo. Parabéns. Saibam todos os pais que é de pequeno que começa a se formar a bagagem cultural dos futuros adolescentes e adultos.
Sem dúvida! E os menorezinhos são os mais abertos para as novas experiências, então é nesta fase que os gostos e hábitos devem ser cultivados… Obrigada pelos comentários!
Fantástico, Re! E acaba sendo muito divertido pra todos! 🙂
Certamente! A gente se diverte tanto quanto eles!
Obrigada, Pat! Espero a Carol amanhã para um Tempo Junto com o Dudu!